Nasci em Andirá, uma cidade pequena no norte do Paraná. Desde os primeiros anos escolares, me descobri um fã dos estudos. Sempre fui muito curioso e cheio de perguntas. Meus pais, que tiveram apenas quatro anos de ensino formal em escolas rurais, sempre nos estimulavam a estudar, dizendo que a única forma de mudarmos a vida simples que levávamos seria através da educação e da formação universitária.

Sou o filho caçula de cinco irmãos – três irmãs e um irmão. Aos 16 anos, com acesso limitado a informações, que vinham basicamente da televisão e do jornal que meu pai assinava, me encontrava na mesma situação de muitos jovens: cheio de dúvidas sobre qual caminho ou profissão escolher.

De forma metódica, analisei as profissões existentes na minha cidade e percebi que a Odontologia poderia ser um bom caminho. No entanto, meu pai estabeleceu uma condição: eu precisaria ingressar em uma universidade pública, pois ele não poderia arcar com os custos de uma instituição particular.

E assim foi. Aos 21 anos, me formei, mas com muito mais perguntas e questionamentos do que imaginava. Percebi que muitas das respostas que buscava não estavam nos livros ou no ensino tradicional. A primeira grande dúvida que me inquietou foi: por que a Odontologia não chegava à maioria da população? Essa pergunta me levou à minha primeira especialização: Saúde Pública, que cursei em um programa descentralizado da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RJ) no segundo ano após a graduação. Durante esse período, participei da implantação de diversas clínicas odontológicas da Prefeitura de Curitiba, algumas apenas supervisionando, outras auxiliando na estruturação.

No entanto, meus questionamentos clínicos me impulsionaram a estudar outras áreas. Fiz uma especialização em Ortopedia Funcional dos Maxilares na ACDC de Campinas-SP, outra em Ortodontia na Dental Press em Maringá-PR, além de um aperfeiçoamento em Dores Orofaciais na ABO de Curitiba e um mestrado em Medicina e Biologia do Sono na UNIFESP, em São Paulo.

Como disse anteriormente, sou curioso e busco respostas. Minha principal ferramenta para isso é o estudo.

Ao longo da minha trajetória profissional, sempre trabalhei em clínicas privadas com uma abordagem progressista. A primeira delas foi o CAOC (Centro de Atenção Odontológica para Crianças) e, posteriormente, no CenpreOrto (Centro de Prevenção em Odontologia e Ortodontia), ambas em Curitiba. Nessas instituições, defendemos uma odontologia transformadora, em que a prevenção e o compartilhamento do conhecimento estão presentes em todos os níveis de atenção. Nosso compromisso é absorver a tecnologia útil e necessária para que mais pessoas tenham condições de manter sua saúde bucal e seu sorriso em harmonia.